domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ecos do Fórum Social - Entrevista de Chico de Oliveira

Merece atenção a entrevista que Francisco de Oliveira concedeu ao sitio Carta Maior em que o sociólogo - fundador do PT e do PSOL - analisa a crise porque passa o capitalismo, em nível mundial.

Mas além dessa análise, merece atenção os desdobramentos que sugere: segundo ele, está colocada uma grande chance do PT dizer definitivamente a que veio, guiando a superação da crise num projeto desenvolvimentista, capaz de fazer uma “nova revolução de 30”, fazer, no século XXI o que Vargas fez no século passado. A partir do papel de liderança do PT como dirigente da maioria do movimento sindical e do próprio governo, poderia operar um processo de transformação e consolidação de um projeto político-econômico realmente transformador para o país, em meio à crise mundial.

Ainda frisa que um aprofundamento do projeto transformador no país passa por o PT abrir mão de seu “oficialismo”. E critica o PSOL, ao qual chama de sectário.

Vindo de um dos intelectuais que rompeu com o PT para fundar o PSOL, a crítica merece nota. Não para qualquer comemoração de mais um indício do fracasso do projeto do PSOL, mas como mais uma confirmação de que este não consegue, de fato, dar conta das expectativas que a ele conferiu parte da militancia social e parte da intelectualidade que rompeu com o PT em meados da presente década. Tanto quanto o PT deixou de respeitar a militancia de base e a intelectualidade próxima num determinado momento de sua trajetória, o PSOL parece ter nascido com essa marca.

Em entrevista que deu também esse mês à revista Caros Amigos, Chico de Oliveira demonstra grande pessimismo. Não é para menos: a esquerda brasileira parece profundamente envolvida em duas faces de uma mesma moeda, resultado de seu próprio crescimento institucional e chegada do PT ao governo federal: de um lado um sectarismo desideologizado representado pelo PSOL, de outro uma burocratização e oficialismo assustadores que tomou conta do PT. O resultado nefasto, nos dois casos, é o mesmo: falta de conteúdo político crítico, de projeto de longo prazo, de vida partidária real. Todas as decisões passam por circulos relativamente fechados, a própria circulação de informações é falha (cada vez mais a esquerda depende de concessões e favores da imprensa cuja propriedade é concentrada da mão das mesmas famílias desde a ditadura militar, quando não antes). Assim, assistimos a um governo federal que transforma a vida de milhões de pessoas no mesmo compasso em que a esquerda parece a cada dia mais incapaz de se pensar e de influenciar realmente na disputa ideológica e de longo prazo na sociedade.

Por último, retomando o desafio de Chico de Oliveira, há que se pensar a retomada de projeto estratégico da esquerda, o que passa necessariamente por um PT dirigente, com vida partidária. E por uma movimentaçào de forças do movimento social, intelectualidade orgânica e outras expressões da sociedade progressista brasileira, capazes de construir um bloco político qualificado e forte. Talvez aí esteja o caminho para um final marcante do governo Lula e um sentido estratégico para a eleição de Dilma. A opção, no presente momento, pela inércia, o burocratismo e o oficialismo pode ser a ante-sala de uma grande tragédia que seria a vitória tucana em 2010, para uma longe noite sob a direção da elite paulista, diante de uma esquerda desarticulada, fragmentada e sem rumo. Tudo aquilo de que não precisamos no futuro. Nesse sentido, a entrevista de Chico de Oliveira lança alguns desafios que podemos e devemos enfrentar de forma urgente. Esse deve ser o sentido de 2009 para os militantes de esquerda no Brasil.

terça-feira, 31 de julho de 2007

A vaia a Lula no Pan - II

A vaia do Rio de Janeiro branco

A vaia do Maracanã ao presidente Lula foi maciça, foi pesada e foi humilhante. Mas há um aspecto nessa vaia que não se pode deixar passar: foi a vaia do Rio de Janeiro branco. Onde estavam os negros na linda festa do maior templo do esporte mundial? Onde estavam os pobres que todos os dias atormentam os motoristas nos sinais de trânsito, esmolam nas esquinas, balançam nos trens e nos ônibus lotados? Quem atravessou a cidade da Barra da Tijuca ao Maracanã viu onde eles estavam: nas favelas pingentes, nas malocas infectas, vivendo no fedor do mangue, entre balas perdidas e papagaios empinados.

Isso não desmerece nem desautoriza a vaia do Maracanã. Os bem nascidos e bem alimentados também têm direito à vaia, e foram 90 mil bem nascidos e bem alimentados que vaiaram o presidente. Mas foram, sim, os bem nascidos, os bem alimentados.

Eu estava no Maracanã. Eu vi: eram todos limpos, corados, vestidos de acordo com a moda, caminhando sorridentes com seus filhos pela mão. Repito: não havia pobres no Maracanã. E repito: isso não torna a vaia menor. Mas isso deixa exposta a maior chaga do Brasil. O Brasil são dois: o Brasil branco, que trabalha, ri, se diverte e protagoniza uma festa tão magnífica como a de ontem. E o Brasil que vive à margem, subnutrido, revoltado, muitas vezes de fuzil na mão, como nas favelas do Rio.

Lula veio deste Brasil. Do Brasil negro. Provavelmente mereceu a vaia. Mas quem o vaiou vem de um lugar do qual ele jamais pertenceu. E talvez tenha sido esse o motivo de ter sido a vaia tão maciça, tão pesada, tão humilhante.

(Davi Coimbra)

A vaia a Lula no Pan - I

Uma comprida palavra em alemão (há uma comprida palavra em alemão para tudo)descreve a "guerra de mentira" que começou com os primeiros avanços da Alemanha nazista sobre seus vizinhos. A pouca resistência aos ataques e o entendimento com Hitler buscado pela diplomacia européia mesmo quando os tanques já rolavam se explicam pelo temor comum ao comunismo.

A ameaça maior vinha do Leste, dos bolcheviques, e da subversão interna. Só o fascismo em marcha poderia enfrentá-la. Assim, muita gente boa escolheu Hitler como o mal menor. Ou, comparado a Stalin, o mau menor. Era notório o entusiasmo pelo nazismo em setores da aristocracia inglesa, por exemplo, e dizem até que o rei Edward VIII foi obrigado a renunciar não só pelo seu amor a uma plebéia, mas pela sua simpatia à suástica.

Não tardou para Hitler desiludir seus apologistas e a guerra falsa se transformar em guerra mesmo, todos contra o fascismo. Mas, por algum tempo, os nazistas tiveram seu coro de admiradores bem-intencionados na Europa e no resto do mundo - inclusive no Brasil do Estado Novo. Mais tarde estes veriam, em retrospecto, do que exatamente tinham sido cúmplices sem saber.

Na hora, aderir ao coro parecia a coisa certa.

Comunistas aqui e no resto do mundo tiveram experiência parecida: apegarem-se sem fazer perguntas ao seu ideal, que, em muitos casos, nascera da oposição ao fascismo, mesmo já sabendo que o ideal estava sendo desvirtuado pela experiência soviética, foi uma opção pela cumplicidade. Fosse por sentimentalismo, ingenuidade ou convicção, quem continuou fiel à ortodoxia comunista foi cúmplice dos crimes do stalinismo. A coisa certa teria sido pular fora do coro, inclusive para preservar o ideal.

Se estes dois exemplos ensinam alguma coisa é isto: antes de participar de um coro, veja quem estará do seu lado. No Brasil do Lula, é grande a tentação de entrar no coro que vaia o presidente. Ao seu lado no coro poderá estar alguém que pensa como você, que também acha que Lula ainda não fez o que precisa fazer e que há muita mutreta a ser explicada e muita coisa a ser vaiada. Mas olhe os outros.

Veja onde você está metido, com quem está fazendo coro, de quem está sendo cúmplice. A companhia do que há de mais preconceituoso e reacionário no país inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece.

Enfim: antes de entrar num coro, olhe em volta.

(Luís Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Gabeira, Heloísa Helena e “as fronteiras do pensamento”

1. Na terça-feira, 03 de julho, Porto Alegre recebeu a visita de figuras públicas de peso da política nacional. Reunidos na Esquina Democrática – centro nervoso das manifestações da Cidade – Fernando Gabeira (PV) e Heloísa Helena (PSOL) lideraram, junto com a anfitriã Luciana Genro, um ato político pela cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros. Mais que o mérito do ato – incontestável, aliás -, merece nota o fato dele representar um passo importante no processo de enlaçamento dos dois partidos – PV e PSOL – para o lançamento da deputada gaúcha para a prefeitura de Porto Alegre.

E aí entramos no ponto que merece análise mais precisa: PV e PSOL são aliados naturais ou estarem juntos é uma contradição?

2. O PSOL surge de um processo de crítica aos rumos do PT e do Governo Lula, por diferenças quanto a opções tomadas já na campanha de 2002 que elegeu o atual presidente para o primeiro mandato, com forte contradição a partir da composição do governo. Quando da votação da reforma da previdência, em meados de 2003, um grupo de quatro parlamentares – Heloísa Helena e Luciana Genro incluídas – vota contra o projeto apresentado por Lula e acaba expulso do PT no final desse mesmo ano. Em 2005 o PSOL recebe um expressivo acréscimo de militantes e grupos que optam por também compor o novo partido.

No entanto o PSOL surge e continua se construindo sem ter clareza de onde quer chegar. Se constrói um caminho de oposição programática de esquerda ao PT - num caminho que talvez demore muito mais a surtir efeitos eleitorais, mas permitire a construção de uma alternativa mais sólida à esquerda, que cumpriria um importante papel na luta política do país - ou se simplesmente alimenta o moinho da oposição em geral ao petismo, um caminho que tem involuntariamente trilhado. Mais: falta ao PSOL uma avaliação madura da experiência do PT, para saber construir um partido que tenha qualidades que o PT sempre teve – bom grau de democracia interna, razoável preocupação com o debate qualificado e com a memória da esquerda brasileira, busca de relações internacionais, articulação com o movimento social – sem repetir os seus defeitos – o “gabinetismo”, o “capismo”, o sectarismo entre as diversas correntes de opinião, dentre outros. A dura realidade é que o PSOL rapidamente consolidou o contrário: é um partido que rapidamente repete os defeitos mais graves do PT sem ter chegado a ter as suas qualidades: é um partido que não chama os militantes e base próxima para debater a realidade do país, porque já tem uma verdade pronta para ser vendida e, por mais que reivindique idéias de ruptura, se movimenta em função apenas de figuras públicas, da institucionalidade e seu calendário.

Ao não ter uma avaliação mais aprofundada do que deu certo e errado na experiência do PT, o PSOL sabe apenas que não quer repeti-la. Em certos momentos é difícil diferenciar o discurso pessolista do mero antipetismo, que acaba sendo profundamente desqualificado e corre o risco de ir à direita com o objetivo fundamental de combater o PT.

Falo inclusive da condição de um militante que chegou a tentar ter referência no PSOL, mas que não concorda com o processo de total desacúmulo da esquerda que os movimentos pessolistas podem produzir no médio e longo prazo para a esquerda brasileira, ao tentar construir nova central sindical, novas entidades estudantis, o reforço do antipetismo barato e, principalmente, a total indisposição a construções programáticas, despreocupação com a qualidade dos argumentos.

O preço do antipetismo é tal que o PSOL se nega a interferir na realidade quando essa os colocará no mesmo lado do resto da esquerda brasileira: assim, não se vê movimentos desse partido na luta contra a redução da maioridade penal, tímidas e tardias adesões aos movimentos por ações afirmativas. Mesmo quando critica a tucana Yeda Crusius, o foco sempre parece apontar contra Lula. Ao se buscar a visão partidária em temas como direitos humanos ou segurança pública, se perceberá o PSOL defendendo visões policialescas do combate à violência, muitíssimo à direita do que o PT defende e implementa em seus governos. Quando Heloísa Helena evoca os "homens e mulheres de bem desse país", usa de uma categoria que qualquer pessoa séria de esquerda rechaça, ao tentar separar a sociedade em bons e maus. Coisa de direita. Nas opiniões sobre política internacional, em nome de atacar Lula, Heloísa Helena diversas vezes manifestou a necessidade de ser mais dura na relação com Chávez e Evo Morales, fazendo coro com o tucanato na caracterização de uma suposta frouxidão do presidente brasileiro.

3. É nesse cenário que surge essa provável aliança à prefeitura de Porto Alegre, onde o PV deve apoiar a candidatura da deputada Luciana Genro. Os Verdes em Porto Alegre sairão de uma aliança com Jair Soares (PP) - político forjado em cargos no regime militar – em 2004 para o enlace com Luciana em 2008.

O candidato por eles apresentado em 2006 ao governo do RS – o mesmo que dois anos antes havia sido o vice de Jair - pregava “tolerância zero” contra o crime, métodos de empresa privada na administração pública, dentre outras políticas cujo conteúdo deveriam afastar o PV para “o outro lado da cerca” de onde está o PSOL.

Fernando Gabeira saiu do PT para voltar aos Verdes e se tornar um ícone dum movimento moralista de combate a Lula. No Rio se tornou um aliado de César Maia (DEMO) e Denise Frossard (PPS), num campo que mistura oportunismo, moralismo de direita e quase-fascismo. É um dos nomes que o atual prefeito “democrata” do Rio cogita para ser seu sucessor na eleição do ano que vem.

Gabeira, aliás, participou ao meio dia do ato com o PSOL para, logo a partir do meio da tarde, cumprir agenda como convidado do Seminário Fronteiras do Pensamento: um ciclo de palestras de grandes celebridades intelectuais que vão da social democracia envergonhada ao ultra-liberalismo. É mais um desses tantos eventos bancados pela burguesia gaudéria que, para combater a esquerda, adora bancar grandes eventos pensantes e cobrir de confetes quem tenha militado no campo adversário. Especialmente quando esse convidados percorrerem em sua fala o seguinte roteiro: caracterização da “esquerda autoritária”, falar muito do Leste Europeu, do suposto semi-analfabetismo de Lula, contar que Delúbio Soares inaugurou a corrupção nos trópicos e ao final falar do Fidel e alguém da platéia lembrar da bandeira de Cuba disposta na sacada do Piratini na posse de Olívio em 99. Para depois irem todos jantar em algum desses restaurantes chiques da Padre Chagas, bem longe do cheiro do povo.

4. Assim, voltamos à questão inicial? O PV e o PSOL poderiam estar juntos, assim? Isso é coerente?

A resposta tem duas possibilidades: se o PSOL quiser ser uma oposição programática de esquerda ao Governo Lula e ao PT, não deveria se aliar com um partido que se alia com o conservador Jair Soares, que defende políticas de tolerância zero contra a criminalidade ou métodos de qualidade total na gestão do público. Se o PSOL prefere assumir o risco de ampliar rumo ao mero antipetismo, como parece ser a opção de boa parcela de sua direção e militância, então, de fato, Gabeira e o PV de direita do RS podem ser aliados num projeto de longo prazo, na construção do novo udenismo brasileiro, misturando tons de ultra-esquerdismo com conservadorismo quase fascista, aliando Luciana Genro com Gabeira, Heloísa Helena com Denise Frossard. Uma mistura que certamente irá se tornando cada vez mais indigesta aos militantes programáticos de esquerda que buscaram o PSOL como uma alternativa séria à crise do PT.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Sobre a miséria do jornalismo brasileiro

Eu quase fiz jornalismo. Por muito tempo pensei em fazer esse curso. Depois de dois anos cursados de Direito cheguei a tomar a decisão de mudar para Jornal novamente, o que felizmente acabei revendo rapidamente. O fato é que respeito muito quem percorre esse caminho. Mais: me interesso sobremaneira pela comunicação social e seu debate. E como tal, sou necessariamente crítico do que vejo, leio e ouço por aí. Há uma pleiade de repórteres preguiçosos, mal-informados e arrogantes que repetem sempre as mesmas perguntas esperando sempre as mesmas respostas. Comentaristas de quem se espera um pouco mais são os Lazier Martins da vida, que esperam que a solução para morrer menos gente é que mais gente ande armada... Enfim, há uma preocupação baixa, na grande imprensa, com a opinião e a informação mais apurada.

Creio que ocorre hoje uma importante transformação na comunicação em razão da internet, de modo ainda não permitido diagnosticar de forma definitiva. Mas as informações e opiniões hoje correm soltas, para o bem e para o mal. Não precisamos mais da Globo para saber o que ocorre em Brasília ou da MTV para ver o clipe da banda preferida.

Esse tema, a comunicação, pretendo abordar aqui, sempre que possível, mesmo sendo leigo.

Mas o motivo da postagem é linkar um vídeo sensacional, em que o músico Rodrigo Amarante, da banda Los Hermanos responde de forma diferente à mesma e velha pergunta sobre a relação deles com a música Anna Julia. Vale ver o vídeo pela pequena aula de jornalismo que a resposta dele contém, numa crítica emputecida contra a mesmice e a preguiça do jornalismo brasileiro.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Porto Alegre e os espaços públicos – I



O Auditório Araújo Vianna, fechado no início de 2005, é um símbolo dos tempos em que vivemos em Porto Alegre. Ao longo de mais de uma década – desde que foi reinaugurado em outros moldes, com cobertura -, ele foi um símbolo e referência da cidade democrática, da agitação cultural, do movimento. Tanto assim que ali se realizavam conferências, Congressos da Cidade, quase todos os domingos algum show, ou com atração nacional (deitado no gramado do Araújo ouvi Djavan tocar, num show que não pude comprar ingresso) ou com gente da cidade mesmo, que ta começando e ganha uma chance de tocar num palco valorizado.

Pois o Araújo Vianna está fechado e a atual gestão não entende importante reformá-lo e entrega-lo para a Cidade como um espaço público. Preferiu o caminho de constituir uma PPP(Parceria Público-Privada), mesmo que a deputada Maria do Rosário (PT) tenha aprovado emenda parlamentar objetivando liberar recursos para a reforma do local. O prefeito Fogaça (paradoxalmente, homem “ligado” à cultura) agradeceu e negou o recurso. O objetivo era realmente ceder o lugar a uma empresa que o reformaria e garantiria o direito de uso durante um certo período de tempo.

Agora uma empresa de produção de espetáculos ganhou a licitação aberta pela Prefeitura e - pasmem! - afirma não ter dinheiro para realizar a obra, o que a fará buscar recursos via Lei Rouanet que, mesmo sendo dinheiro que vem da iniciativa privada, é recurso que deixa de entrar nos cofres públicos via isenção fiscal. Assim, o povo de Porto Alegre abrirá mão de um espaço público para ceder a uma empresa privada que reformará o lugar com dinheiro público!

Essas são as parcerias público-privadas do Brasil: o dinheiro é público, o benefício é privado.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Postagem n° 0

Estou inaugurando esse novo blog, depois de ter mantido outro durante quase quatro anos.

A idéia é que seja mais um espaço de circulação de opiniões, especialmente as minhas, mas sempre com a possibilidade de publicação de textos de outros que instiguem discussões que ache interessante.